quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dia dos abraçados

Eu? Preciso dos braços.
Eu preciso de braços e abraços
Que enlaçam a alma.
Que transmitem calma.
Que vertem o choro.
Eu preciso de braços,
mais que o estouro de beijos.
Eu ensejo segurar os pulsos.
Sentir o fluxo que move a mão.
Eu preciso não, de conveniências.
Eu preciso transpor a essência,
e muito mais que sobrepor decências,
Eu preciso do contato que nenhum tato
jamais alcança.
Eu preciso dos risos leves de infância.
Da tranqüilidade imensa e mansa
da presença ao lado.
A serenidade dos olhos fechados.
A inquietude nos olhos abertos.
Eu preciso, decerto, dos braços
para chegar a enxergar os traços
daquilo que diz-se eu te amo.

2 comentários:

Danilo Lima disse...

Aí eu venho no teu blog e leio uma coisa como "Eu preciso do contato que nenhum tato jamais alcança." e vc quer que eu fique como?

Pô, não dá pra competir com uma frase dessa, não mesmo. Matou a pau. O dia é seu, o dia é nosso, o dia é dos poetas de plantão.

Parabéns!!

Anônimo disse...

Maravilhoso Pati!
Tentei responder em poesias mas não rolou... te devo uma.
Parabéns!!
Ficou muito lindo.

Beijos ;)