Se eu colocar no verde,
a politica fica mais transparente?
Se eu colocar no amarelo,
o amor fica mais resistente?
Se eu colocar no vermelho,
a amizade vai durar para sempre?
...
Café, horario, lotação
Supermercado, dentista, cartão
Domingo, sofa, televisão
…
Eu jogo tudo
(como manda a embalagem!)
e todo resto continua
sempre igual.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Ser.tão (II) *
ten-são:
lagrimas estanques
entre o dentro e o fora
es-tão:
hoje escondidas no vão
entre o es-tatico e o in-tenso.
do seu ser-tão:
se-não de olhos
em constante mareado.
* Ser.tão (I) por René Moraes, em http://corolariosdeumbeijo.blogspot.com/2009/06/sertao.html
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
colo
calor de
cabeça
colada
no peito
batendo
la dentro
forte
forte
forte
pescoço
tomado
pelo lado
gira,
volta,
vira
- esquece!
diz o nariz
ar em chafariz
: aquece.
cabeça
colada
no peito
batendo
la dentro
forte
forte
forte
pescoço
tomado
pelo lado
gira,
volta,
vira
- esquece!
diz o nariz
ar em chafariz
: aquece.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Pour-rir
É o gasto de agua que transborda no rio.
É o resto no prato que alimenta a miséria.
É o conforto do carro que espalha a doença.
É o salto do sapato que distancia os povos.
É a sobra dos caprichos que paga o conflito.
É a desculpa para os vicios que intoxica o mundo.
É o resto no prato que alimenta a miséria.
É o conforto do carro que espalha a doença.
É o salto do sapato que distancia os povos.
É a sobra dos caprichos que paga o conflito.
É a desculpa para os vicios que intoxica o mundo.
É O NOSSO PODRE QUE PROMOVE
PROPAGA
E PIORA
O PROBLEMA.
O PROBLEMA.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Estaiada *
Fundo da tela:
jornal das sete.
Cadê a favela?!
Tiraram dali.
Num piscar de ano.
Bater de barraco
Varrer de destroços
Concreto do novo
Tinta anti-spray.
Ponte ligando
lado ao outro do rio
Pobreza nadando
no leito do nada:
vazio.
___________________________
*Fotos de
Eduardo Raimondi
www.eduardoraimondi.com.br/blog/?p=283
André Pasqualini
www.ciclobr.com.br/diasemcarro/noticias30.asp
sábado, 26 de setembro de 2009
Oreiller
I.
Travesseiro - microfone - papagaio.
O mesmo nome.
O mesmo nome.
O mesmo nome.
II.
III.
Travesseiro - videotape - sem - funçao.
é encostar a cabeça,
Travesseiro - microfone - papagaio.
O mesmo nome.
O mesmo nome.
O mesmo nome.
II.
Travesseiro - toca-fita - aperte o play!
Para a esquerda
Rewind
Para a direita
Remind.
III.
Travesseiro - videotape - sem - funçao.
é encostar a cabeça,
e cada noite
roda sempre
o mesmo filme.
domingo, 20 de setembro de 2009
Contre-classique
Baudelaire
Rimbaud
Verlaine
Valéry
Oubliez!
Ce-ci
n'est pas
de la poesie
en français.
Ce sont
seule-ment
des mots
sans sens
dans la langue
de l'âme.
Rimbaud
Verlaine
Valéry
Oubliez!
Ce-ci
n'est pas
de la poesie
en français.
Ce sont
seule-ment
des mots
sans sens
dans la langue
de l'âme.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Carta ao editor (versao em português)
_____________,
(....)
Eu voltei a escrever
[mas o revisor nao entende
o senhor nao publica
o publico nao lê mais]
na minha lingua.
(...)
_____________.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Gonzaga, pardonne-moi.
Il y a un sabiá
Jusqu'en bas
de ma fenêtre
Il est là et Ele lá
toutes les matins.
Il y a un sabiá
Jusqu'en bas
de ma fenêtre
Eu cá e Ele lá
depuis des semaines.
Il y a un sabiá
Jusqu'en bas
de ma fenêtre
Lá lá lá... ici et acolá.
(Gonzaga, pardonne-moi:
Mas aqui os sabiás
cantam à anunciar
que o tal amor en-fim
ne reviendra pas).
Jusqu'en bas
de ma fenêtre
Il est là et Ele lá
toutes les matins.
Il y a un sabiá
Jusqu'en bas
de ma fenêtre
Eu cá e Ele lá
depuis des semaines.
Il y a un sabiá
Jusqu'en bas
de ma fenêtre
Lá lá lá... ici et acolá.
(Gonzaga, pardonne-moi:
Mas aqui os sabiás
cantam à anunciar
que o tal amor en-fim
ne reviendra pas).
domingo, 13 de setembro de 2009
Le vague
Le jour du onze août
Il y a eu un grand orage
C'est que des larmes de tout mon corps
Ont desséché mon cœur en sable
Une seule et triste vague
m'a inondé par les contours
Je suis de nouveau devenue:
Ile flottante - détachée du monde.
Il y a eu un grand orage
C'est que des larmes de tout mon corps
Ont desséché mon cœur en sable
Une seule et triste vague
m'a inondé par les contours
Je suis de nouveau devenue:
Ile flottante - détachée du monde.
sábado, 5 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Café do amanhã
Enrolada.
Pouco desperta.
Envolvida pelo calor
sem brechas
de minha coberta de lã.
Hoje acordei
com vontade
de comer a manhã.
E esconder-me do mundo.
Mas alarmado
meu criado
sempre mudo
vociferou minha covardia:
- Levanta, menina,
que já é dia!,
e tanta coisa te espera.
Vai, pendura
tuas palavras
na janela.
Encena a tela,
pinta o verso,
quebra o ritmo!
Faz o atípico
- sentido diverso
de tudo que insiste.
E vê se deixa
de ser triste
sem porquê.
Que lá fora
foi-se embora
todo grafite,
E sobre a mesa
só agora
o que existe
é o café
o jornal
e uma maçã.
Pouco desperta.
Envolvida pelo calor
sem brechas
de minha coberta de lã.
Hoje acordei
com vontade
de comer a manhã.
E esconder-me do mundo.
Mas alarmado
meu criado
sempre mudo
vociferou minha covardia:
- Levanta, menina,
que já é dia!,
e tanta coisa te espera.
Vai, pendura
tuas palavras
na janela.
Encena a tela,
pinta o verso,
quebra o ritmo!
Faz o atípico
- sentido diverso
de tudo que insiste.
E vê se deixa
de ser triste
sem porquê.
Que lá fora
foi-se embora
todo grafite,
E sobre a mesa
só agora
o que existe
é o café
o jornal
e uma maçã.
domingo, 16 de agosto de 2009
Ansia
Quando me vem essa verdade adulta
Marcando toda culpa
Da vontade de existir
Faço gritar uma rajada de vento
Imponho-lhes o gosto do tormento
Vomito tais palavras de vazio.
Marcando toda culpa
Da vontade de existir
Faço gritar uma rajada de vento
Imponho-lhes o gosto do tormento
Vomito tais palavras de vazio.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Sussuro
(no escuro do quarto sozinho
eu posso dizer baixinho
que às vezes o coraçao sente
e eu te amo des-esperadamente
quando não há mais ninguém
para amar)
eu posso dizer baixinho
que às vezes o coraçao sente
e eu te amo des-esperadamente
quando não há mais ninguém
para amar)
terça-feira, 28 de julho de 2009
Manouche
I.
Musica cigana.
Embalo de passos
que passam de leve
em levada de notas
que discutem no ar.
II.
Musica cigana.
Alma inquieta
desengana o som:
leveza de paradas
reveladas
em cada pausa
do tom.
III.
Musica cigana.
Partitura de trama
sem canto.
Encanto de contas.
Segredos de contos.
Pouco se conta
dos encontros finais.
Musica cigana.
Embalo de passos
que passam de leve
em levada de notas
que discutem no ar.
II.
Musica cigana.
Alma inquieta
desengana o som:
leveza de paradas
reveladas
em cada pausa
do tom.
III.
Musica cigana.
Partitura de trama
sem canto.
Encanto de contas.
Segredos de contos.
Pouco se conta
dos encontros finais.
terça-feira, 21 de julho de 2009
sábado, 18 de julho de 2009
N'arrêt
Eu anotava um verso rápido
num verso de nota
tirada do bolso
no começo de um dia sem gosto.
Quando você se sentou,
meu bem,
eu estava
na ultima rima!
O chacoalho do trem
me fez perder a linha...
Eu nunca mais encontrei
ponto final.
num verso de nota
tirada do bolso
no começo de um dia sem gosto.
Quando você se sentou,
meu bem,
eu estava
na ultima rima!
O chacoalho do trem
me fez perder a linha...
Eu nunca mais encontrei
ponto final.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
De l'amour à la française
Pourtant quelqu’un m’a dit,
dans le tourbillon de la vie,
dans les rues de mes souvenirs,
Que tu m’aimais encore.
dans le tourbillon de la vie,
dans les rues de mes souvenirs,
Que tu m’aimais encore.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Chorinho
Aujourd'hui j'aurais pleuré
même sans les notes de la guitare
ou ce dernier verre d'espoir
que je n'ai pris que pour la route.
Car chez moi c'est jamais loin, mon petit.
Et c'est du bout de mon âme
Que découle tout ce que me vient.
Tendresse. Caresse. Tristesse.
Des mots dont je ne connais même pas le sens.
Aujourd'hui c'est comme des jours où
l'ivresse de vivre a frappé mon cœur
et toute la tête et même les bras autour de moi.
Ce sont des jours où...
(Tu le vois? je l'ai bien appris, mon petit.
Je l'ai appris comme j'ai toujours pris
les mots par leur sens
les sourires pour des âmes
la solitude pour de vrai.)
Aujourd'hui c'est encore un de ces jours où
le quand n'est que à l'avenir
et le jour du oui c'est celui
qui n'arrive jamais.
même sans les notes de la guitare
ou ce dernier verre d'espoir
que je n'ai pris que pour la route.
Car chez moi c'est jamais loin, mon petit.
Et c'est du bout de mon âme
Que découle tout ce que me vient.
Tendresse. Caresse. Tristesse.
Des mots dont je ne connais même pas le sens.
Aujourd'hui c'est comme des jours où
l'ivresse de vivre a frappé mon cœur
et toute la tête et même les bras autour de moi.
Ce sont des jours où...
(Tu le vois? je l'ai bien appris, mon petit.
Je l'ai appris comme j'ai toujours pris
les mots par leur sens
les sourires pour des âmes
la solitude pour de vrai.)
Aujourd'hui c'est encore un de ces jours où
le quand n'est que à l'avenir
et le jour du oui c'est celui
qui n'arrive jamais.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Des cloches là-dédans...
Eu escutei risos doceis
palavras de conforto
um inverno de jazz.
Eu ouvi passos de perto
aperto de abraços
batida do peito.
Eu entendi a minha voz
sem o eco do vazio.
Mas era ruido de carro.
Melodia de radio.
Martelar de sino.
Minha insistente sina:
a verdade sufocante
do silêncio.
palavras de conforto
um inverno de jazz.
Eu ouvi passos de perto
aperto de abraços
batida do peito.
Eu entendi a minha voz
sem o eco do vazio.
Mas era ruido de carro.
Melodia de radio.
Martelar de sino.
Minha insistente sina:
a verdade sufocante
do silêncio.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Deuil
Je suis assise au bord du lit.
Je t'observe
Et tes yeux qui se ferment
Regarde-moi!
Je suis assise au bord du lit.
Aucun bruit
Au-delà d'un souspire fatigué
Parle avec moi!
Je suis assise au bord du lit.
Rien à toucher
Sinon l'air devenu froid
Donne-moi, ta main!
Je suis assise au bord du lit.
Le coeur ritmé
Notre son est une ligne vide
Reste avec moi!
Je suis assise au bord du lit.
Cette nuit
on a tué l'amour.
______________________________________
* Veio em francês, ficou em francês.
Se ninguém lê, ninguém reclama também.. rs
Je t'observe
Et tes yeux qui se ferment
Regarde-moi!
Je suis assise au bord du lit.
Aucun bruit
Au-delà d'un souspire fatigué
Parle avec moi!
Je suis assise au bord du lit.
Rien à toucher
Sinon l'air devenu froid
Donne-moi, ta main!
Je suis assise au bord du lit.
Le coeur ritmé
Notre son est une ligne vide
Reste avec moi!
Je suis assise au bord du lit.
Cette nuit
on a tué l'amour.
______________________________________
* Veio em francês, ficou em francês.
Se ninguém lê, ninguém reclama também.. rs
quinta-feira, 26 de março de 2009
Despedida
Despedida:
Desmedida
proporção
do sozinho.
Despedida:
Despe a ida
Revelando
o vazio.
Despedida:
Não-pedida.
Sem palavra.
Sentida.
Desmedida
proporção
do sozinho.
Despedida:
Despe a ida
Revelando
o vazio.
Despedida:
Não-pedida.
Sem palavra.
Sentida.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Do alto da ponte
Parada?!
Não entendem nada.
Eu é que seguia!
Não entendem nada.
Eu é que seguia!
O curso do rio,
o sentido das aves,
o caminho das nuvens.
Seus saltos irritantes,
Seus risos distonantes,
Sua pressa atropelante,
todos os passantes
é que estavam
na contra-mão.
o sentido das aves,
o caminho das nuvens.
Seus saltos irritantes,
Seus risos distonantes,
Sua pressa atropelante,
todos os passantes
é que estavam
na contra-mão.
terça-feira, 17 de março de 2009
Levé du soleil
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Generosa
ge.ne.ro.so: adj (lat generosu). 1. Dotado de caráter nobre. 3. Que tem grandeza de alma. 4. Liberal, franco, benevolente.
Eu vou jogar o telefone pela janela
(Se ele nao tocar)
A culpa nao é sua.
Eu vou jogar o telefone pela janela
(Se ele nao tocar)
A culpa nao é sua.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
La Soledad
Trocou 48 vezes a estação.
Trocou 12 vezes as velas.
Trocou 05 vezes o armário.
Trocou 03 vezes o cabelo.
Tocou uma única canção
E ela continuou imaginando o amor.
Trocou 12 vezes as velas.
Trocou 05 vezes o armário.
Trocou 03 vezes o cabelo.
Tocou uma única canção
E ela continuou imaginando o amor.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Fim
Eu começo poemas que eu não termino.
Sempre.
Sempre.
Sempre.
A página em branco grita à minha frente.
Eu grito de volta.
O grito ecoa.
A parede treme.
O chão ressoa.
O pensamento voa.
A idéia escoa.
E eu não termino.
Sempre.
Sempre.
Sempre.
A página em branco grita à minha frente.
Eu grito de volta.
O grito ecoa.
A parede treme.
O chão ressoa.
O pensamento voa.
A idéia escoa.
E eu não termino.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Partida
- Você so precisa misturar as cartas!
- Eu nao sei. Eu tenho medo.
- (Agora eu já embaralhei as minhas).
- Eu nao sei. Eu tenho medo.
- (Agora eu já embaralhei as minhas).
domingo, 18 de janeiro de 2009
(De)gelo
Toda minha alma na ponta dos dedos.
vermelho queimante de frio
flocos de céu borbulhante
E “raio é descarga de energia”.
Por que então é que quando neva
não tem trovão?
Se a neve é assim tão quente
tão quente
Toda minha alma na ponta dos dedos.
a ultima tempestade
afogou minha alma em chama
Para onde vai todo esse branco
quando derrete?
leva-me junto
lava-me a entranha
escorre a alma para a ponta dos meus dedos.
vermelho queimante de frio
flocos de céu borbulhante
E “raio é descarga de energia”.
Por que então é que quando neva
não tem trovão?
Se a neve é assim tão quente
tão quente
Toda minha alma na ponta dos dedos.
a ultima tempestade
afogou minha alma em chama
Para onde vai todo esse branco
quando derrete?
leva-me junto
lava-me a entranha
escorre a alma para a ponta dos meus dedos.
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