Há dias em que a mão escrava
Escreve e escava
cimentos secos
resíduos sólidos
arquivos mortos
E cravando suas garras
lá no fundo
Desenterra segredos
moribundos
Remexendo
todo o entulho de palavras.
terça-feira, 28 de junho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Telefone sem fio
Telefone sem fio:
Cortaram a linha
Contaram segredos
Inventaram palavras
Ao pé do ouvido
E para abafar o zunido
Que vinha dos outros
Colaram os rostos
Em sinal de ocupado.
Cortaram a linha
Contaram segredos
Inventaram palavras
Ao pé do ouvido
E para abafar o zunido
Que vinha dos outros
Colaram os rostos
Em sinal de ocupado.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Arretado
Eu corria tão fora de forma
Tentando chegar na plataforma
Antes do apito final
Quando eu te vi -
meu bem! -
Percebi que essa
Não era a minha linha!
Mas o aperto do trem
Me fez virar sardinha
E eu só fui descer
no terminal.
* Ver "N'arrêt", de 18 de julho de 2009:
http://golpesdegrafite.blogspot.com/2009/07/narret.html
Tentando chegar na plataforma
Antes do apito final
Quando eu te vi -
meu bem! -
Percebi que essa
Não era a minha linha!
Mas o aperto do trem
Me fez virar sardinha
E eu só fui descer
no terminal.
* Ver "N'arrêt", de 18 de julho de 2009:
http://golpesdegrafite.blogspot.com/2009/07/narret.html
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