terça-feira, 27 de novembro de 2007

(Autopsicografia em (p)essoa)

Não me digam serem belas as palavras.
Se ao menos soubessem os vocábulos o quanto são inúteis!
Quero gritar-lhes - ao não, ao in, ao des e ao contra - vão-se todos!, e assassino pouco em pouco o verbo haver.

Suspendendo soluços em vírgulas, falseando o existir em aspas, desenfreando um período sem pontos.

Se não compreendem as irregularidades
(nem ao menos as gramaticais!),
não me digam serem belas as palavras!

Desoriento a ortografia por linhas sem par.

E por que é que elogiam e não conseguem interpretar?
Por que é que não me ajudam e não me ensinam a calar?!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Skrik



Quantos meios poemas apenas imaginados pelas mentes criativas dos poetas de ocasião, cuja incompletude da razão e a indefinição dos sentimentos paralizam mão, caneta e papel, enquanto a intimidade sufocada luta pela sua liberdade e encontra apenas em um grito o alívio para sua frustação de jamais ser capaz de escrever o mundo.