quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Frio

Sinto frio.
Incontrolável, inaquecível.
De uma profundidade nunca antes imaginada em meu corpo.
Sinto tremer ossos, cabeça, sentidos,
Sinto estremecer sentimentos, confortos, esperança.
Sinto um vento que me arrasta para longe,
Tornado de emoções a desprender de todo chão.
Ainda, sinto gotas de chuva a pesarem sobre mim,
Estranha variação das leis da gravidade.
As lágrimas a escorrer intensificam a umidade,
Apagando possíveis chamas de calor,
Alagando qualquer abrigo;
E assim volumosas, as lágrimas congelam em flocos de neve,
Cristalizando a dor.
Sinto frio.
Frio branco, frio ausência.
Faz frio em minha alma.

2 comentários:

Rafael Guerreiro disse...

Sim, é realmente verdade: estamos no mesmo quadrante. Sinto desse frio, desse desassossego. Também "sinto um vento que me arrasta para longe", que me convida a por no papel anseios e tentativas...

Rafael Guerreiro disse...

Ah! Dá uma olhadinha lá nas minhas ficções, escrevi um continho novo. Quem sabe ajuda a fugir do frio...
beijos