sábado, 5 de abril de 2008

Matiné

Eu invento roteiros, troco cenários, eu adiciono personagens.
Eu insisto nas páginas de um romance já gasto em seu não-existir.
Somos novela estrangeira dublada.
Ou uma comédia romântica mal-acabada e sem final feliz.
Somos uma história que o autor não quis e deixou para trás.

Eu não sou mais
que apenas cliché.

Eu atuo em cenas que você não vê.
Eu escuto trilhas que ninguém mais sente.
Eu sou a fala versada que você não entende.

Faz falta entre a gente a legenda da alma.

Um comentário:

Anônimo disse...

Patrícia!
Nossa, eu vi o endereço do seu blog na página do orkut e não pensei duas vezes para clicar!
Siiiiiiiiiiim, eu também tinha um blog!
E, que coisa, mais uma "virginianidade" em comum!
Adorei seu texto!
MESMO!
Abraço!