quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Café do amanhã

Enrolada.
Pouco desperta.
Envolvida pelo calor
sem brechas
de minha coberta de lã.
Hoje acordei
com vontade
de comer a manhã.
E esconder-me do mundo.
Mas alarmado
meu criado
sempre mudo
vociferou minha covardia:
- Levanta, menina,
que já é dia!,
e tanta coisa te espera.
Vai, pendura
tuas palavras
na janela.
Encena a tela,
pinta o verso,
quebra o ritmo!
Faz o atípico
- sentido diverso
de tudo que insiste.
E vê se deixa
de ser triste
sem porquê.
Que lá fora
foi-se embora
todo grafite,
E sobre a mesa
só agora
o que existe
é o café
o jornal
e uma maçã.

4 comentários:

Edu disse...

Uau, tem gente que acorda inspirada... enquanto outros acordam de mau humor (eu) hahah
=)

Anônimo disse...

Voce me emociona pati! com cada poema, com cada grande sorriso que você dá,com cada conquista sua. Me orgulho de mais de ser seu amigo!!! bjosss!!!

René Moraes disse...

Mãos pro alto! É um assalto!
Vou pegar pra revista, ok?!
hahaha
Não consigo não elogiar! Fantástico!
Parabéns!

L.S disse...

Adorei!!!!
muito lindo, paty! seu dom pra poesia ilumina os olhos da gente...parabéns!
bjos