segunda-feira, 1 de junho de 2009

Des cloches là-dédans...

Eu escutei risos doceis
palavras de conforto
um inverno de jazz.
Eu ouvi passos de perto
aperto de abraços
batida do peito.
Eu entendi a minha voz
sem o eco do vazio.

Mas era ruido de carro.
Melodia de radio.
Martelar de sino.

Minha insistente sina:

a verdade sufocante
do silêncio.

2 comentários:

http:ivonefs.blogspot.com disse...

Pati, que bonito!

gosto demais dos teus verso. uma identificação, semelhanças com os meus.

parabéns!

bjs

Rafael Guerreiro disse...

Não era ruído de carro, tampouco era o rádio, que só tocava jazz. Mas o sino, este talvez era. Um sino auspicioso batendo forte, batendo dentro desse inverno.
Era um sino amigo, um sinal amigo badalando no compasso dos abraços.
Por isso, não se lembre mais dos rúidos que das batidas do peito. Você pode até se calar e em silêncio ficar, mas elas não se calam.
Beijos