sexta-feira, 16 de maio de 2008

In memoriam

Perdoem-me se saí naquele momento
correndo pelas ruas, como faltasse qualquer respeito,
sem intento nem mesmo tempo de me explicar!
É que uma idéia veio-me tão pronta
que fez-me assim, feito tonta,
perder postura e buscar à Lua algum papel!
E como, vida!, não houvesse nada em vista,
apanhei logo o pincel de algum artista!,
Pus-me aflita a golpear o imenso céu!
Que para não me escapasse aquela cena,
tingi palavras, pintei fonemas,
borrei as telas e os morfemas,
fiz das estrelas um cinema em aquarela!
Foi quando exausta vi as horas
lembrei, meu Deus!, hei de ir agora!
Voltar pra terra que se encerra em seu girar.
Já indo embora, gotejante,
olhei ao alto e num instante,
guardei em memória a tal história de um luar!

3 comentários:

Danilo Lima disse...

Alice decidiu brincar com a lua do país das maravilhas.

Ficou massa!

Unknown disse...

mui belo senhorita!
bjs...

--
Heitor

Dan Vícola disse...

Pati,

Eu me identifiquei TANTO com este poema!
Nossa...

=)