Anestesinada

Nesses últimos dias
Eu não sinto mais nada.

Ontem antes ardia, anestesia
Onde tudo era rio, vazio
Onde até pouco pulsava
nem palavra, nem lágrima

Nada.

A imaginação saiu de ação
Cedeu lugar à razão
A escolhas que se resumem
ao sim e ao não

Não.
Nada.

Lido só com minha vida
Só mesmo a lida do dia a dia
Sem alegria, nem agonia
Sigo sólida, só sem emoção.

Não.
Nada.
Solidão.

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