quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Skrik (II)

Na denúnica do escandalo,
A voz do grito.
Na calada da noite,
O grito da voz.
Na recusa ao imposto,
A voz do grito.
Na recusa ao diálogo,
O grito da voz.
Na certeza dos fins,
A voz do grito.
No entrave ao caminho,
O grito da voz.

Pelos que anseiam e se somam,
Pelos que temem e distorcem,
Pela inutilidade do nos fazer calar:
Há voz em nosso grito.

Pelo sufoco da verdade não dita,
Pela inconfiabilidade na esperança oferecida,
Pela angústia de sermos a contra-dição
desse pobre cenário:
Há grito em nossa voz.

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