Pesadedo
“ Isso não é apenas por seus dedos!,
isso é tudo mais que o que significa!
Isso é a prova de que a gente não se comunica.
Vocês não percebem?!
Eu não falo em abrir a boca.
A gente abre tantas vezes a boca!
A gente, simplesmente, não se comunica!”
Foi preciso o choro em um sonho temido.
Foi preciso o desatino das palavras.
Foi preciso o desespero das lágrimas
escondidas em um subconsciente distante,
E o grito sufocante da alma exilada fez-se ouvir ao longe.
Acordei com os olhos molhados e os sentidos mareados em tristeza.
Fui ter primeiro com a certeza dos dedos.
Um, dois, três, quatro, cinco...
Meus e dela, todos ali.
Então, na existência confusa do acordar-dormente,
em que não se distinguem os fatos e os fakes,
lembrei-me do horror de uma faca - e tive medo por nós duas.
Pelas minhas palavras tão verdadeiramente duras.
Pela tua pronta concordância ao meu pranto angustiado.
Pela distância que nos joga ao lado quando deveríamos estar à frente.
Eu, covardemente, escondo-me nessas grafites opacas.
Tu? Te escondes na sombra do nada e pensas sozinha.
Mas o dedo de que te valeste em sonho, metade minha!,
Servia justamente para isto...
Aponta o erro. Repara o medo. Afasta o risco.
Indica o estrago do limite dessas inconformidades veladas.
Acordei a madrugada com o amargo de uma tal cena doentia,
em que perdias, tu, um dedo;
em que logo cedo, pedia eu mais vida.
isso é tudo mais que o que significa!
Isso é a prova de que a gente não se comunica.
Vocês não percebem?!
Eu não falo em abrir a boca.
A gente abre tantas vezes a boca!
A gente, simplesmente, não se comunica!”
Foi preciso o choro em um sonho temido.
Foi preciso o desatino das palavras.
Foi preciso o desespero das lágrimas
escondidas em um subconsciente distante,
E o grito sufocante da alma exilada fez-se ouvir ao longe.
Acordei com os olhos molhados e os sentidos mareados em tristeza.
Fui ter primeiro com a certeza dos dedos.
Um, dois, três, quatro, cinco...
Meus e dela, todos ali.
Então, na existência confusa do acordar-dormente,
em que não se distinguem os fatos e os fakes,
lembrei-me do horror de uma faca - e tive medo por nós duas.
Pelas minhas palavras tão verdadeiramente duras.
Pela tua pronta concordância ao meu pranto angustiado.
Pela distância que nos joga ao lado quando deveríamos estar à frente.
Eu, covardemente, escondo-me nessas grafites opacas.
Tu? Te escondes na sombra do nada e pensas sozinha.
Mas o dedo de que te valeste em sonho, metade minha!,
Servia justamente para isto...
Aponta o erro. Repara o medo. Afasta o risco.
Indica o estrago do limite dessas inconformidades veladas.
Acordei a madrugada com o amargo de uma tal cena doentia,
em que perdias, tu, um dedo;
em que logo cedo, pedia eu mais vida.